Salário mínimo: nova regra pode reduzir em R$ 110 bilhões o valor de pensões e aposentadorias até 2030
- Gisele Batista
- 28 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
Haddad confirma novo teto de reajuste do salário mínimo. A medida representa um terço do ajuste fiscal total previsto pelo governo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta quarta-feira (27.nov.2024) que o reajuste do salário mínimo será limitado a uma alta de 2,5% acima do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado nos 12 meses até novembro do ano anterior. A medida visa reduzir os gastos com despesas vinculadas ao salário mínimo, como Previdência, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e abono salarial.
Segundo Haddad, as novas regras ainda garantirão que o salário mínimo continue subindo acima da inflação, de forma sustentável e alinhada à nova regra fiscal. “Já devolvemos ao trabalhador e à trabalhadora o ganho real no salário mínimo. Esse direito, que foi esquecido pelo governo anterior, retornou com o presidente Lula”, afirmou. Em um pronunciamento de 7 minutos e 18 segundos na rede nacional de rádio e televisão nesta quarta-feira (27.nov.2024), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou os esforços do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para implementar um conjunto de propostas voltadas para a criação de um Brasil "mais justo e eficiente".
Haddad ressaltou que as contas públicas melhoraram, especialmente com o combate a privilégios e à sonegação de impostos. O ministro afirmou que a falta de justiça tributária nos últimos anos manteve privilégios para os mais ricos, e que o governo tem trabalhado para corrigir essas distorções.
“Cumprimos a lei e corrigimos distorções. Foi assim com a tributação de fundos em paraísos fiscais e fundos exclusivos dos super-ricos”, disse, referindo-se ao projeto já sancionado sobre offshores e fundos exclusivos.
O ministro também se comprometeu a combater a inflação, reduzir o custo da dívida pública e trabalhar para que os juros sejam mais baixos. "O Brasil de hoje não é mais o Brasil que fechava os olhos para as desigualdades e para as dificuldades da nossa gente. Quem ganha mais deve contribuir mais, permitindo que possamos investir em áreas que transformam a vida das pessoas", concluiu.
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